quinta-feira, 26 de março de 2009
Viviane Mosé

Quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele soprando sulcos?
o tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina
sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma
(eu parei de lutar contra o tempo
ando exercendo instantes
acho que ganhei presença)
acho que a vida anda passando a mão em mim.
a vida anda passando a mão em mim.
acho que a vida anda passando.
a vida anda passando.
acho que a vida anda.
a vida anda em mim.
acho que há vida em mim.
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim
e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando
Viviane Mosé
segunda-feira, 23 de março de 2009
Osiris (Um conto muito legal de uma cara bacana)
- Como ousa, minha amada, minha irmã, ó lótus da primeira lua da primavera, acordar o filho do Sol? Espero a hora de Osíris.
- Sério, Ramsés. Ouço barulho de gente tentando arrombar a porta da pirâmide.
- Tá bem, tá bem, Nefertiti. Vou ver o que há.
- Tome cuidado, amor. Sofri tanto quando você morreu a primeira vez.
- Deixe comigo. Esses ladrõezinhos de tumbas vão ver uma coisa.
- Escutou?
- Escutei. Pã, pã, pã. Acho que é só um.
- Quem viria roubar, sozinho, a pirâmide de Ramsés?
- Sozinho?
- Sozinho.
- Nefertiti, me diga uma coisa. Como foi que aquele sacerdote de Bubástis disse que meu pai Osíris iria me ressuscitar?
- Tantos séculos, não lembro mais. Lembro que disse uma coisa
.- Que foi?
- Ele viria sozinho.
- Tem certeza?
- A certeza aos vivos pertence. Me parece, de qualquer forma.
- A merda é que eu não consigo me lembrar de nada daquela maldita frase. Mas acho que tinha alguma coisa que ver com o que você está dizendo. Sozinho, você disse?
- Pã, pã, pã, ouviu? Ele está sozinho.
- Pode ser um ladrão.
- E se for Osíris?
[Paulo Leminski]
domingo, 22 de março de 2009
EUFONIA
Links.


http://hera.nied.unicamp.br/teleduc/
A ESCOLA E O PROCESSO FORMATIVO NA ERA DO @.COM
http://www.pgie.ufrgs.br/alunos_espie/espie/silviab/public_html/espieufrgs/espie00005/artigofinal.html
Resumo: Este trabalho analisa tanto o uso do computador nas escolas, sua importância como ferramenta didático-pedagógica, quanto seus benefícios como instrumento no processo formativo e de que forma utilizá-lo como alternativa na construção de uma aprendizagem preocupada com a realidade do aluno e com suas necessidades. Afirma ser necessário vencer, através do acesso à tecnologia digital e da educação, o “apartheid digital” que se vivencia e que tem dividido a sociedade em incluídos e excluídos digitais. Apresenta uma reflexão sobre o papel dos professores, pais e alunos nesse processo de ensino-aprendizagem; como também: as incertezas, a necessidade da inclusão, o medo do desconhecido, a dificuldade de adaptação ao novo, as barreiras que se encontram ao enfrentar esse desafio, as estratégias e os métodos que as escolas deverão adotar.

Artigos, livros e publicações.

sexta-feira, 20 de março de 2009
Navegando Pela Barragem de Sobradinho


A experiência inédita foi lançada pela pesquisa “Construção da Barragem de Sobradinho: A Inesgotável Inquietação da Existência”, coordenado pela professora Maria Rita do Amaral Assy, do Departamento de Ciências Humanas Campus III/UNEB e os pedagogos Moésio Allan Belfort e Cleonice Coelho de Assis, entre outros pesquisadores.
Durante quatro anos de pesquisa, foram reunidos textos, áudios (entrevistas com moradores da cidade) e mais de 500 fotografias, cedidas pelos habitantes de Sobradinho, que vão desde a construção da barragem, registro de momentos do cotidiano dos moradores e a criação da cidade de Sobradinho.
Segundo a Professora Maria Rita, o titulo do produto multimídia “Tudo de Novo” remete à experiência de trazer em linguagem digital os estudos realizados pela pesquisa acerca dos movimentos produzidos pela construção da barragem de Sobradinho-BA. A professora afirma que a criação do CD-ROM não tem o objetivo de salvar os arquivos em pastas, nem analisá-los separadamente. “Se fosse separar em pastas para arquivar, poderíamos correr o risco de suprimir o processo de pesquisa”, defende Maria Rita.
Durante a pesquisa, a equipe percebeu que grande parte dos documentos oficiais não trazia os movimentos que estavam em curso no processo de construção da barragem. Perceberam, então, que o discurso dos moradores, remanescentes desse período, poderia evidenciar melhor esses movimentos. “Nós tínhamos textos, fotos e entrevistas. Observamos que os textos combinavam com as fotos, as fotos tinham a ver com as entrevistas, que combinavam com o clima do lugar. A própria música tinha a ver com o que as pessoas falavam”, comenta Maria Rita.
A idéia do CD-Room surgiu para fazer com que, você – navegador - faça uma viagem pela pesquisa numa integração entre imagens, áudio e textos. Nessa viagem, você se deixa levar pela intuição, porém não de forma

Na primeira porta, o cenário é a construção da barragem de Sobradinho que contém entrevistas e fotografias do cotidiano do trabalho. Na segunda porta, mergulhamos no processo de criação da cidade e cenas do cotidiano dos moradores. “No princípio, não se objetivava criar uma cidade, a intenção inicial era criar vilas para abrigar os trabalhadores. Logo após o término da construção, as vilas seriam evacuadas. Porém, as pessoas acabaram ficando”, afirma Maria Rita.
Na terceira porta, o clima é de guerra e tensão, devido a existência de muitos conflitos durante a construção da barragem. Vindas de lugares distantes, com culturas e modos de vida diferentes, as pessoas tinham apenas o objetivo comum de trabalhar na construção da Barragem, e foi difícil conciliar as diferenças culturais. Mas também havia locais, como os cabarés, em que as pessoas procuram extravasar as tensões e esquecer os problemas. Ao entrar no cabaré, a música é alta e é necessário apurar ao máximo a audição para entender as entrevistas, numa simulação do ambiente da época.
Por 12 horas, você percorre uma viagem histórica, no qual passado e presente se entrecruzam. Para auxiliá-lo nessa viagem, o CD-ROM traz, no encarte, um mapa explicativo que poderá ajudá-lo na navegação. Assim, poderá percorrer, sem pressa, e fazer sua própria interpretação da realidade observada. “Durante o trabalho de pesquisa percebemos que as telas trazem muito mais as sensações do que a representação do real, pois retrata a experiência que cada um tem na obra”, conclui a pesquisadora. A partir das sensações adquiridas, o navegador decide se quer sair, continuar o seu percurso ou começar “Tudo de Novo”.
A pedagoga Cleonice Coelho destaca que a pesquisa mostra na voz dos entrevistados a vida dos próprios moradores. “Contam a história de vida dos moradores, na voz deles, do cotidiano. Mesmo os que deram depoimentos se identificam no CD-ROM”.
Segundo Moésio Belfort, pedagogo e pesquisador colaborador do projeto, a equipe passou por dificuldades para obtenção de recursos, mas conseguiu ultrapassar essas dificuldades. “A universidade permite viver o ambiente de pesquisa e experimentar. Mesmo com pacos recursos, é possível criar, produzir”, afirma Moésio.
Estudantes, professores e interessados em fazer uma viagem pela Barragem de Sobradinho-BA poderão adquirir o CD-Room no Núcleo de Apoio a Pesquisa –NUPE/ UNEB.
Maiores Informações:
NUPE Núcleo de Apoio a Pesquisa/ UNEB
Tel: (74) 3611-5617 Ramal 214
Por Lidiane Cavalcante
Multi Ciência 12/11/2007
terça-feira, 17 de março de 2009
Prova - Português 8º Período

MARCUSCHI, LUIZ ANTONIO. Linguagem & Ensino, Vol. 4. O hipertexto como um novo espaço de escrita em sala de aula. Disponível em <http://www.pucsp.br/~fontes/ln2sem2006/f_marcuschi.pdf>. Acesso em: 16 de Abril. 2009.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Ciência e outros saberes: como se relacionam?

A dinâmica da sociedade. O próprio desenvolvimento desse arsenal de artefatos, sejam teóricos, sejam tecnológicos, sejam materiais, nós constituímos com eles e eles nos constituem também. Então, no fundo, as mudanças são mudanças do homem mesmo, dessa constituição. Então é uma coisa admirável.
A grande revolução tecnológica que as pessoas falam em multimídia e não sei o que e tal... Essas tecnologias todas de multimídia são do século XIX. São possíveis, do ponto de vista teórico, desde as equações de Maxwell, com a teoria eletromagnética, de imagem, som, propagação de som... Isto é, foi conquistado na prática. Agora, existe uma tecnologia que é realmente nova, que é impressionante, que é a tecnologia do computador. E é interessante, porque é uma tecnologia que nasceu da navegação do sonho cartesiano. Hilbert, matemático, no inicio do século XX vai propor se chegar ao ápice do sonho cartesiano e se chegar à navegação do sonho é que vai surgir um algoritmo de proposição, de operar com proposições, um algoritmo abstrato de operar com proposições. E depois, uma máquina em que você coloca esse algoritmo dentro! E aí, essa máquina, inicialmente, era enorme, tomava um edifício inteiro, tinhas cartões, uma memória pequeníssima, mas depois com o desenvolvimento da microeletrônica e a força de alguns jovens... Porque esse sistema começou a se desenvolver de uma maneira sempre centralizada e alguns jovens democratizaram isso ao criar sistemas distribuídos, que são esses micros. É uma revolução incrível, porque sai do útero da lógica, nega a lógica formal e funcionam como algoritmos proposicionais com o sistema binário, que é elemento básico da lógica. Falou a verdade e falou falso. Só tem que, exatamente porque isso fracassou é que se resolveu operar com as proposições. Não importa se é verdade ou falso. E operar com proposições é montar algoritmos. Então, nós levamos a possibilidade do intelecto humano para dentro da máquina. Proposições são o que qualificam idéias, qualificam o homem. Agora, essa função – é o que eu falo – não é inteligência. Quando a gente fala isso, as pessoas ficam pensando que é inteligência. Não é inteligência. Intelecto é uma coisa, inteligência é outra.
Felipe Serpa
Projeto Pesquisa em Debate/ Antônieta Galdieri, Giovanna de Marco, Maria Rita do Amaral Assy (organizadoras). Juazeiro - BA : UNEB, 2007.
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