segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Entenda a Crise do Subprime


Este "gajo" devia ir ao Parlamento, explicar a crise financeira mundial!!!
Mais simplificado não existe!
Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é ou gerou a crise americana, segue breve relato económico para leigo entender...
É assim:
O Ti Joaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos 'fiados'aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose do tintol e da branquinha (a diferença é o preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do Ti Joaquim, um ousado administrador formado em curso muito reconhecido, decide que o livrinho das dívidas da tasca constitui, afinal, um activo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o 'fiado' dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Joaquim).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e a tasca do Ti Joaquim vai à falência. E toda a cadeia sif ...deu.
Viu... é muito simples...!!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Encruzilhadas de um labirinto eletrônico - Uma experiência hipertextual



Olá turma,

Deixo aqui uma tese de doutorado que problematiza o hipertexto e seus aspectos pedagógicos através de uma viagem hipertextual interessante.

Boa leitura!!!

RESUMO


Estudo sobre o hipertexto, meio de informação disponível eletronicamente sob demanda (on line) em um computador, apresentado sob a forma hipertextual. O estudo focaliza o tema sob os aspectos tecnológico, cultural e pedagógico, procurando fornecer ao leitor uma experiência de leitura hipertextual em que conteúdo e forma, tema e seu tratamento se intercomplementam em mútua explicitação. Quanto ao aspecto tecnológico, o hipertexto é apresentado em suas características arquitetônicas, origem e evolução histórica. No que concerne aos aspectos culturais há uma busca de aproximação entre as características de escrita hipertextual e algumas postulações teóricas do pós-estruturalismo relacionadas ao texto, tendo como pano de fundo uma visão da modernidade. Finalmente, em seu aspecto pedagógico, o hipertexto é focalizado no sentido de se verificar suas potencialidades e limitações.



domingo, 26 de outubro de 2008

Qual o assunto que mais lhe interessa?


Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual o assunto que mais lhe interessa?
Além da vida in vitro feita nas coxas
E vivida às pressas

A empresa da guerra
A mais-valia da morte
A última sentença
A violência nas ruas
O bio terrorismo

A soja transgênica
Clonagem da mente
Dos órgãos vitais
A nova ciência
Moral decadente
Tradição milenar
Outra tendência

Suicídio, livre arbítrio
Aborto consentido, eutanásia
A dívida congênita
O quinto partido, o tempo
Das máquinas

Monarquia playback
A república inventa
O eclipse lunar,
a decadência moral

A calota polar, o império dos egos
O vidente cedo, o cachimbo de Édipo
A paixão de Romeu, colapso dos mares
Crianças sem lares, a ausência de Deus

A assembléia dos loucos,
O juízo dos lobos
A vontade dos céus
A escala econômica em que o crime compensa

Qual o assunto que mais você pensa?

Sexo, amor, culpa ou inocência
A dieta do Papa, o segredo de Fátima
A última penitência

Bom dia Vietnã, boa noite Bagdá
Adeus Sherazade

Qual o assunto que mais lhe interessa?
Qual a verdade em que mais você pensa?

O fim da natureza
E o final da história
Glória, glória, glória?

Apenas uma canção invento agora
Um poema
A madrugada é silêncio, a dor acalenta

Esquece o início de tudo e o fim dos tempos
Deita no colo de tua amada
Onde da misteriosa expansão do nada
O universo se alimenta

Qual o assunto em que mais você pensa?
Qual é a verdade em que mais você sente?
Qual a mentira em que mais acredita?
Qual é o nome que você mais grita?
Qual é a força que mais te enfraquece?
Qual é a fome que mais te alimenta?
Qual é o prato que mais te apetece?
Qual é o mapa que mais te orienta?
Qual é o jogo que mais você ganha?
Qual é o ganho que mais te enriquece?
Qual é a perda que mais você chora?
Qual é a casa em que mais você mora?
Qual é a frase que mais você fala?
Qual é a fala que mais você cala?
Qual é o assunto que mais você teme?
Qual é o tema que mais ignora?

Qual o assunto que mais lhe interessa?
(Roberto Mendes / Capinam)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Aula de Informática Educativa 24 de Outubro de 2008.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

JOGOS INFORMATIZADOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA


Até que ponto os obstáculos presentes na implantação de jogos informatizados no ensino da Matemática prejudicam o aluno?

Todos os dias, as pessoas estão envolvidas em situações nas quais é necessário contar, adicionar, subtrair, comparar etc. Por isso o conhecimento matemático constitui uma ferramenta de grande aplicação e deve ser explorada de forma ampla no ensino fundamental e médio, desenvolvendo no aluno a estruturação do pensamento, a agilidade do raciocínio e a capacidade de resolver problemas.
As tecnologias atuais ultrapassam em velocidade e distância o imaginável de algumas décadas atrás, os computadores permitem armazenar e fornecer informações em quantidade e rapidez, e quase tem deixado fora de uso as bibliotecas e demais fontes de informações tradicionais.
Os jogos informatizados são programas desenvolvidos para lazer e diversão, mas, também podem ser utilizados com finalidade educacional por trazerem implícitos aspectos pedagógicos funcionando como fonte de aprendizagem. Em grande parte, as atividades com jogos informatizados são mais motivadoras e socializadas que as práticas normais de sala de aula, pois, os alunos deixam de somente ouvir as explicações do professor e passam a interagir com o jogo e seus colegas, criando também seus métodos de aprendizagem. Essas atividades são muito importantes para as experiências (erros, incertezas e construções) e contribui de forma significativa para desenvolvimento do aluno.
Diante disso, o professor não pode permanecer insensível ao uso dos jogos informatizados, pois, além de levar o aluno a perceber a importância dos recursos tecnológicos na sociedade atual, o uso dessas tecnologias, quando bem explorado, pode trazer grandes contribuições para o processo de ensino aprendizagem.
Porém existe uma série de dificuldades no processo de interação entre sala de aula e o trabalho com a tecnologia, na utilização dos jogos informatizados.

Fragmento do Projeto "JOGOS INFORMATIZADOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA" elaborado por
CARLIANE BOMFIM, JOÃO AMORA, MANOEL SANTANA FILHO
Alunos do terceiro período do curso de licenciatura em matemática na Faculdade de Formação de Professores de Petrolina (FFPP)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Atenção VII Período de Letras (Inglês)


Informo que após terem postados os trabalhos da primeira nota passem um e-mail para smoesio@bol.com.br indicando o endereço do blog que devo acessar.

Prof.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

E a nossa escola...?




“No limiar do terceiro milênio, a escola não pode mais pensar em seu Projeto Político-Pedagógico encastelada em seus muros. Quando foram rompidas as barreiras entre os países, através do crescente processo de globalização, as Instituições Escolares têm que se reorganizar e que repensar sua proposta pedagógica, para formar o cidadão do futuro“.
Magali de Castro


Encontramos nessa premissa muitos pontos constantemente discutidos na política educacional: globalização, papel formador da escola, política escolar e novos paradigmas sociais. É notório que esse discurso parte, na maioria das vezes, de um modo de se compreender a escola atual como a instituição que tem o papel de trabalhar em cima desses novos paradigmas. Isso traz a escola ainda como chave importante para a formação de cidadãos que corresponda a sociedade atual.
Alguns problemas, e não menos conhecidos, da educação atual que aqui podemos enumerar como defasagem de metas, evasão, pouco interesse dos pais em manter seus filhos na escola, a necessidade de estabelecer políticas de gratificações para a freqüência de alunos etc...O que vem se percebendo é um certo descrédito que desde alguns anos essa instituição vem tendo. É evidente que não se trata aqui de, mais uma vez, fazer enumerações de possíveis causas, mas atentar para o fato de que esse “descrédito” tem se tornado algo natural entre as pessoas. Não estamos falando de descaso político com a educação ou da falta de profissionalismo dos professores, estamos trazendo a tona a discussão sobre como a escola tem se permitido e se emudecido diante desses fatos porque são questionamentos que vão buscar respostas nela, na prática e na postura de quem a faz.

Para tentar ser mais explicito com o assunto, como é que após vivermos uma cultura escolar brasileira em que a base para o crescimento social, profissional e humano se creditava a formação escolar , assistimos a tais problemas num momento em que o mundo todo se interage nas novas tendências globais e é visível a preparação profissional e social para o convívio.
Ainda que hoje esse papel da escola pareça um poder concedido, pouco se tem sido discutido sobre ele, não o valor da escola à sociedade, mas sobre que considerações à escola mantêm esse status. E o pior é que tem se acreditado nesse status a ponto de sempre se discutir a escola a partir dele. Entendemos que é como enevoar os fatores que realmente nos atinge enquanto agentes educacionais. E se nos permitirmos analisar poderemos verificar se o poder da escola hoje só é um discurso que funciona com escudo, inclusive na hora de se pensar sobre a escola, para “proteger” essa realidade educacional de olhar para dentro de si com questionamento e ousar no todo pontos a serem transformados.
Estamos pensando um projeto político pedagógico para a nossa escola sobre que aspectos? Certo que pensar em projeto político pedagógico já virou mais um clichê das escolas, assim como o próprio nome foi rapidamente abreviado para facilitar o seu uso “PPP”. Mas “pensar” é problematizar sobre isso que no momento é mais grave porque tem, cada vez mais, se naturalizado na cultura educacional brasileira esse status que não se efetiva devido ao modo como os alunos se comportam, imaginem! Onde é que podemos estabelecer o poder atrativo dessa escola atual, através de quais ações? Não é pensando em trazer modelos antigos de política educacional ou de considerar a escola de hoje a mesma de sempre, pois é isso que parece que ainda está estabelecido quando não atentamos para o fato de que isso esteve se desintegrando com o passar dos anos e agora restou a veneração de um status fantasma. A partir disso é que devemos a buscar um eixo norteador através do que está na frente dos olhos e sentidos, se pudermos ainda ver e sentir, para quando pensarmos em fazer um projeto político pedagógico poder olhar para dentro da escola, como traz Nilson José Machado...
Na eleição das metas de um projeto, um grande desafio consiste precisamente nesta fuga às certezas de um projeto, à tentação da determinação. Não se faz projeto quando só se têm certezas, ou quando se está imobilizados por dúvidas.



Moésio Belfort, Pedagogo.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Os blogs em educação não devem ser nem pedagógicos, nem didáticos

Entrevista com Jarbas Novelino Barato no blog "Boteco Escola"
Clique aqui para acessar

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

É Nois, baiano!!!

O Cineencontro se despede desse semestre com o filme "Uma Lição de amor", uma produção norte-americana, dirigida pelo cineasta Jessie Nelson e com a participação de Sean Penn no elenco.
E para garantir um final de temporada com gostinho de quero mais, teremos ainda a apresentação da banda Banquete Sonoro como atração cultural.
A sessão deste sábado, 11 de outubro, está imperdível

O Cineencontro começa sempre às 18h

Equipe Cineencontro

Por motivo de força maior a banda Banquete não fará parte do cardápio desse cineencontro, mas dois pratos flambês serão servidos.
O garçom.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Pharol: tempo, imagem e memória de um jornal petrolinense



Há 93 anos, Petrolina via nascer o mais antigo periódico do Vale do São Francisco : O Pharol. Criado por João Ferreira Gomes , Seu Joãozinho, o jornal relatou os impactos da 1ª e da 2ª Guerras Mundiais, a construção da catedral de Petrolina , o êxodo rural, a construção da Ponte Presidente Dutra e o desenvolvimento econômico da cidade.

Todos esses acontecimentos emergem no CD-ROM O Pharol - Tempo, Imagem & Memória, produzido pelos jornalistas Jean Carlos Corrêa e Nomeriana Cavalcanti. O produto foi desenvolvido como Projeto Experimental do curso de Jornalismo em Multimeios, do Departamento de Ciências Humanas, da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação da professora Andréa Cristiana Santos.

Foram 74 anos de existência. Seu Joãozinho tinha apenas 14 anos, quando criou o Correio da Infância. Manuscrito, tinha apenas uma página dividida em duas colunas. Para o jornalista Jean Carlos Côrrea, a aventura de publicar o jornal "revelaria algo mais do que uma incursão aparentemente amadora e experimental de uma criança no mundo do jornalismo: revelaria a intenção de Joãozinho em difundir opiniões e informações por meio de um periódico".

Alguns meses depois, circularia, no dia 10 de setembro de 1915, O Pharol. Eram apenas duas colunas em uma folha de 15x10cm, com publicação semanal. A primeira edição foi impressa nas oficinas de A Folha do São Francisco durante um ano, até Seu Joaozinho ser presenteado pelo irmão José Mariano Gomes com uma impressora manual planter jobber. Este foi o início para consolidar a oficina d'O Pharol. Abrem-se, assim, as cortinas para um marco da história do jornalismo da região.

Diversos eram os acontecimentos noticiados no jornal. E quem dizia o que viria se tornar notícia eram os critérios de importância estabelecidos por Seu Joãozinho. Normalmente, as notícias variavam de relatos da vida social de Petrolina a acontecimentos de impacto nacional, como a segunda guerra mundial, os investimentos em fruticultura, o cenário político como as Diretas Já, em 1985. "Joazinho foi um homem que tinha uma noção de jornalismo que incluía o desenvolvimento da imprensa em sua cidade", afirmam os jornalistas no CD-Rom.

Ao longo dos anos, O Pharol recebeu diversas homenagens como a medalha de Mérito Cultural Oliveira Lima, em 1985, pois cumpre uma função de servir "de roteiro, aos pesquisadores de seu passado sertanejo". Para a professora Andréa Cristiana Santos, o Cd-Rom é um registro para pesquisadores da imprensa nacional de como uma cidade do sertão de pernambuco pôde assegurar à população informações e artefatos culturais como a fotografia desde 1916. "Hoje, este produto multimídia é uma memória da comunicação na região e da ação de profissionais que se dedicaram a produzir notícias por meio de textos e imagens. É também um passeio pela história de Petrolina e do Brasil", declara a professora, que avalia também a importância do CD-Rom como material didático para as escolas da região.

No CD-Rom, os jornalistas, através de pesquisas e entrevistas, conseguem reunir um vasto material sobre o fotojornalismo da região, com cerca de 115 fotografias. Também há um perfil de Seu Joaozinho e entrevistas com os profissionais do períodico.

Seu Joazinho: um homem de imprensa

Brota a flor no sertão. Onze de julho de 1901, nascia em Petrolina um sertanejo filho de comerciante do Mariano Ferreira Gomes e Maria Nunes Gomes. Além de homem de imprensa, foi vereador.

O jornal contribui para o desenvolvimento de Petrolina e também manteve boas relações com a Diocese de Petrolina. Mas foi longe de sua terra que ele faleceu no Espírito Santo, em 1993. Desde 1986, com a saúde frágil, já não estava mais à frente d'O Pharol.

"Ele foi o pioneiro da imprensa escrita de Petrolina", afirma a sua filha Darcy Neiva Gomes. Por muito tempo, quando ainda não existia luz elétrica em Petrolina, Seu Joaozinho, à luz de velas, escreveu para O Pharol. O objetivo era um só: levar ao público as primeiras notícias do dia.

Por Karine Pereira
Colaboradora MultiCiência

Texto publicado no jornal Gazzeta do São Francisco, na edição do dia 21 de setembro de 2008., Edição Especial Aniversário de Petrolina-Pe.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Documentário "Tempo e Tensão: seco e verde"

A tensão entre o excesso e a escassez de água e as mudanças implícitas e explicitas neste conflito constroem o ambiente do documentário “Tempo em Tensão: seco e verde”, produzido pela professora Giovanna De Marco, em parceria com o Departamento de Ciências Humanas, campus III, da Universidade do Estado da Bahia. O filme é resultado do projeto de pesquisa “Água e Processos Subjetivos: Documentário” lançado, oficialmente, em 15/05 no Canto de Tudo, DCH III.

A idéia de documentar a subjetivação presente nos territórios existenciais das comunidades rurais de Massaroca, no distrito de Juazeiro-Ba, surgiu como um problema de pesquisa no período em que a professora desenvolvia a sua tese de doutorado “Água e Processos Subjetivos”, na Pontifícia Universidade Católica (PUC – São Paulo). A pesquisadora sentiu a necessidade de trazer as tensões encontradas na sua pesquisa para a linguagem audiovisual, considerando que seria mais eficaz para trazer as questões
suscitadas no trabalho escrito. O audiovisual não complementa a tese, mas aponta um novo modo de fazer pesquisa, expõe o problema sob uma outra perspectiva, esclarece Giovanna.

A intenção da pesquisadora não era trabalhar com a linearidade, mas deixar surgir, através das imagens, a polarização que se estabelece entre o excesso e escassez de água, entre as estações, as questões que intervêm na vida das pessoas e no modo como elas se organizam em comunidade. Isto porque há uma concepção que identifica o “atraso” da região como resultado da falta de água. Segundo a professora Giovanna, as coisas não acontecem dessa forma. Para ela, os problemas das comunidades têm origem na tensão das duas estações, das mudanças em curso e na maneira como as comunidades se comportam em torno disto, e não pela escassez de água. O documentário torna ainda visível as mudanças causadas por um processo de “desenvolvimento”, advindo dos projetos de perímetros irrigados na região.

Devido à falta de recursos, a produção do documentário, que seria um produto paralelo à escrita da tese, foi adiada. De volta à UNEB, no ano de 2003, a professora recebeu o apoio de Josenilton Nunes Vieira, então diretor do Departamento de Ciências Humanas III. Á época, o DCH III ensaiava os seus primeiros passos na pesquisa acadêmica. Contudo, o alto custo do projeto dificultou a busca por financiamento.

A alternativa criada para resolver esse problema foi a implantação de um Laboratório de Audiovisual, no DCH III, em virtude da chegada do curso de Comunicação Social. O local seria um espaço onde se produziria o documentário, bem como um lugar destinado ao desenvolvimento de outros projetos de pesquisa, ensino e extensão oriundos tanto do curso de Comunicação Social como de Pedagogia.

Para realizar o documentário, a pesquisadora enfrentou muitos desafios relacionados ao próprio processo de documentar audiovisualmente essas tensões. Primeiro, a produção do documentário evocou a necessidade de uma nova pesquisa porque a anterior já não dava conta desta outra linguagem, o audiovisual.

Para dar continuidade ao projeto, novos membros aderiram à pesquisa, entre eles, as estudantes Ana Lorena Oliveira, aluna do curso de Pedagogia e bolsista de iniciação científica, e Cíntia Sacramento, aluna de Comunicação Social, além de Francisco de Assis da Silva, Moésio Allan Belfort, Eric Fabiano Alves de Oliveira, ex-alunos da universidade, Chico Egídio, fotógrafo, e Alírio Amorim Nunes, funcionário do departamento.

Todos se especializaram no sentido em que o documentário propunha uma nova perspectiva sobre o modo de desenvolver uma pesquisa acadêmica. “Foi exigida uma pesquisa bibliográfica e o desenvolvimento de ferramentas técnicas e estéticas”, afirma a professora. Foram necessárias muitas definições e redefinições, afinal, não era preciso saber apenas usar o audiovisual como ferramenta, mas fazer uma articulação da pesquisa com esta linguagem.

Com uma equipe formada, surgiram outros problemas de ordem teórica e técnica. A dificuldade se apresentava como traduzir as tensões em variações e gradações numa linguagem audiovisual sem confinar os modos de existência em um ou outro pólo de tensão. Posteriormente, foram enfrentadas limitações técnicas. Primeiro, no transporte pelas comunidades e no processo de filmagem, depois durante a seleção das imagens e edição do material capturado.

No período de captação das imagens na estação verde, realizado nos meses de abril à maio de 2005, a equipe firmou uma parceria com o Ibama, a fim de viabilizar o acesso às comunidades, ainda alagadas por causa das chuvas. Já na estação seca, em outubro de 2005, as imagens foram capturadas por Alírio e uma pequena parte, pelas estudantes, utilizando o transporte do departamento e, muitas vezes, o carro da própria professora.

Depois de mais de quarenta horas de gravação, era necessário iniciar o momento da decupagem e edição. “Foi preciso criar condições para trabalhar. A ilha de edição não tinha capacidade para armazenar o material filmado e fazer a decupagem”, relembra Giovanna. A equipe precisou pensar em medidas alternativas como critérios para seleção das imagens e organização do material. Cada um foi para a sua casa e deu início a um longo processo de triagem, difícil em virtude da qualidade do conteúdo filmado. “Tínhamos muitos problemas com tomadas e enquadramentos, fomos eliminando o material com a estética prejudicada. Mas não podíamos desprezar tudo, pois o material era muito importante para a pesquisa”, conclui a professora.

Após muitos desafios e aprendizagens, o documentário com 93 minutos de exibição, o documentário está disponível para ser apreciado por pesquisadores, acadêmicos e a comunidade local, em especial, aos moradores das nove comunidades pesquisadas, que não são apenas personagens, mas co-autores do projeto.

Para saudar um compromisso estabelecido com as comunidades, o filme foi exibido pela primeira vez na Escola Rural de Massaroca, no dia 8 de maio, na comunidade de Lagoinha, município de Juazeiro – Bahia. Além desta comunidade, Curral Novo, Lagoa do Meio, Cachoeirinha, Caldeirão do Tibério, Cipó, Lagoa do Angico, Juá e Canoa, também acolheram o projeto e serviram de cenário para a captação das imagens.

De acordo com a professora, o documentário é um instrumento para dar visibilidade e dizibilidade aos problemas da região, sem trazer a verdade absoluta, mas uma verdade dentre várias, na qual as personagens se problematizam. “É um modo de mostrar como essas comunidades organizam sua existência ao longo do ano, não apenas nos momentos de maior tensão trazidos pela seca prolongada ou pelo excesso de chuvas. Mostrar uma outra realidade também para especialistas e políticos que desconhecem tais modos de existência e faze-los ver para além dos estereótipos que aparecem nos meios de comunicação”., afirma Giovanna.

Informações: Giovanna De Marco
74 3611-5617

Por Eneida Trindade
Colaboradora do MultiCiência

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Vale a pena ler.







Mulheres estudam mais que
homens, mas ainda têm mais
dificuldade de encontrar ocupação
(Uol Educação)

Seminários Temáticos Uneb

Aí vão os temas dos seminários e as datas em que serão realizados, às 19:10 h na sala 06:

1) “Educação em informática, informática na educação e tecnologias na educação”
e “O lúdico e o criativo na educação”; em 07/10
2) “Educação à distância" e "Educomunicação”; em 10/10

A prova


[video]

domingo, 21 de setembro de 2008

Uma imagem, um convite para pensar...


A força que ergue este corpo vem da alma. O menino se põe forte e se mistura com a secura da paisagem resistindo as intempéries dessa natureza desafiadora. Está de pé, o fotografo clica no momento exato de expor a sua coragem humana no enfrentamento das condições mais adversas em busca da sobrevivência e revela nessa foto a grandeza e a altivez que está exposta no corpo ressequido, porém vivo.


Moesio Belfort

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Paulo Freire e Papert

Parte 01



Parte 02



Parte 03



Parte 04